Sou o dia
Em que o sono não veio
Em que a fome não veio
Em que a sorte não veio matar.
Sou o eclipse lunar
O terrestre
Sou o cabra da peste
Que não veio matar.
Sou o sangue esculpido na areia
Onde o vampiro esperneia
Mas não veio matar.
Sou a teia de amores perdidos
Sou os amores em tempos perdidos
Sou o tempo perdido
Sou o perdido
Porem o perdido não veio matar.
Sou a pena
Que pena
E que caminha no vento
Sou forte
Mas o forte não veio me matar.
Sou a ceia
Que não mata tua fome
Sou água
Que não mata tua sede
Sou a morte
Que não se mata
E que não veio matar.
Sou da paz
Sou da guerra
Sou o canto
Do encanto que se encerra
E que ainda não veio matar.
Sou a bolha de sabão estourada
Sou caneta com tinta borrada
Sou do nada
E o nada não veio matar.
Mas tu...
Tu és o amor
Tu és o amor
Tu és o AMOR!
Que mata o sono do poeta
Que mata o dia do poeta
Que mata o sonho do poeta
E que ainda não matou o poeta
Na esperança de que um dia
O poeta possa ser o amor
O poeta possa ter o amor
O poeta possa se fazer do amar.
Vinicius
Fernandes
3 Comentários:
O poeta possa ter o amor
O poeta possa se fazer do amar.
Perfeito *-*
Obrigado Tais.
Profundo como você, meu amigo. Adorei!
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