sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FRAGMENTOS

Do nato
Para o mato
A certeza.
De ti
Para mim
A decência.

E lá está
A cama,
O papagaio,
A agulha,
E a angústia,

Cercado pela pressão
Baixa
E pela Alta febre.

Lá Está...
Eu,
E a dor...
Duas faces da mesma moeda.

Outrora, em um Hospital!

                                           Vinicius Fernandes

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ALERTA


Não cabe a mim...
Viver de utopias constantes,
Em confronto comigo
Fora de sintonia com o mundo

Não fomos nós...
Que envernizamos as asas da barata,
Quem deu o ultimo ponto sem nó.
E nem tão pouco
Nascemos deitados em berços esplendidos.

Somos realmente os responsáveis
Por resplandecer a imagem do cruzeiro.
Do Sul.
De nós mesmos.

Deveremos sim, ter cuidado com o ponto do i
Com tanto empurra-empurra de Ideias
Ele pode cair
E virar...
Ponto
Final.
                                      Vinicius Fernandes

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CONDICIONAMENTO FINAL

Mundo, mundo... Mundo;
É este mundo dos muitos
E os muitos deste mundo;
Que nascem e que crescem
Que talvez reproduzam...
Mas um dia todos morrem.

Morrem por fim da vida
Da vida má vivida,
Da vida onde não houve o devido cuidado.

E teremos que cuidar,
Encontrar seus preceitos,
Dividir seus anseios...
Mas ainda estamos condicionados,
E ai? PLUF!

Mundo dos que dividem as amizades,
Mundo de boas famílias,
Mundo do bom futuro.
Porem ainda está condicionado.
E ai? PLUF!

E vou à realidade,
A morte é realmente o fim...
No entanto, morrer cedo é a falta do bom começo.
Começo sem o mínimo de dignidade,
Começo sem educação,
Começo sem saúde.
E ai? PLUF!

É... O caminho é tortuoso...
Primeiro encontrei uma boa amizade,
Depois a experiência,
Gostei...
Tenho mais uma chance.
E foi a folha.
E foi a pedra.
E foi o pó.
E já estou condicionado.
E ai? PLUF!

Roubei,
Prostituí-me
Fui preso...
Saí.
Mas estou condicionado.
E ai? PLUF!

Agora já está combinado.
Está chegando o fim.
Foi-se mais um do mau começo.
Do começo sem escola,
Sem saúde,
Sem dignidade.

Entretanto a morte ainda não foi o meu fim
Com muita dificuldade superei-me,
Encontrei a escola.
E aos poucos iniciei a mudança do mau começo.
Poderiam até estar achando que eu morri.
Contudo ainda estou condicionado.
E ai? PLUF!

Mudei minha vida,
Mudei meu instinto.
Agora agradeço,
E acredito que a educação muda
E me ajudou a mudar o futuro onde a morte ainda não foi o meu fim,
Mas o começo de uma nova vida.
E ainda estou condicionado.
E AI? PLUF!


                Vinícius Fernandes









GLOSSÁRIO

Preponderante ao conforto
E a unanimidade
É que te torna mais...
Analógico ao imaginário
Pertinente com a simbologia
E passional com a opulência.

E do alabastro
De onde tu vedes purpúreas virtuosas
Que com segurança e credibilidade
Choraste.

É blasfêmia do albatroz!
Dele animados e inanimados morreram
E conspiraram da interpenetração.
Mas é para todos,
A reiteração,
Com pudor ao melindrar.

Vinicius Fernandes

MELODRAMA

O braço não é mais do laço,
É o passo, o piso, o risco
E o passo?
Não é mais preto
É falso,
Mas não sou eu.

Em cada canto
O desencanto
O sustento
E o medo
É que te torna cada vez mais Hipocondríaco.

Veja.
A rua não é mais sua
É do vento
É do tempo
É de quem quer que seja
Veja!

O braço, o passo, o canto e rua.
Fique atento, fique na sua
Pois tudo pode mudar.

Não podes falar
Não fale
Não queres gritar
Não grite
Mas preste a atenção
E tome muito cuidado
QUERER É PODER

E só você pode...
Olhar bem o Corpo e o copo
Olhar o lodo e a lama
Sentir o amor e o ódio
Sentir  a frieza e o drama.

Só você pode
O corpo, o copo
O lodo, a lama
O amor, o ódio
A frieza e o drama.

                         Vinicius Fernandes

RUGIDO

O tigre já ruge...
Palavras de lamentos inanimados
Escapando da dor
Derramando os sentimentos
Povoados em seu coração

O tigre já ruge...
Cantos em devoção
Ao sol,
Ao lodo,
O tigre já ruge, ruge.
Rugido em mim.

O tigre já ruge...
Para mim,
Com tanta clareza
Com tanto calor
Do fogo
Da lareira
De quem se aproxima
O tigre já ruge, ruge.
Rugido em mim.

Esbanjando força e coragem.
O tigre
Ruge
Ruge
Rugido em mim.

Vinicius Fernandes

EU, POETA

Se paro, calo ou penso
Se ando, falo ou pulo
Sei que vivo
Quando digo o que posso
E registro o que quero
Sou simplesmente eu.

Se canto...
E se teimo o seu ponto
Sou POETA.

Eu
PARO
OLHO
ESCREVO
TANTO
AMOR

Seu poeta...

E calo eu...
Se fala quieta
Tanto EU      
Quanto você
Estamos nós,
E o POETA!

Vinicius Fernandes