Encontro ponto e ilegítimo rei
Folha extensa aberta ao tempo
Poesia intranscendente
Ímpeto do relento insosso
Ao vil enfeite de maldade
Ao sórdido arquétipo poético da infâmia
À rusga ignomínia da aurora
À dose do amargo remédio sombrio
Convidá-lo-ei a pedir-lhes licença
E recolher-te a insignificância
Da manjedoura das profundezas
Com os bancos de ódio
Dos oceanos secos e mágicos em pó
Veneno moderno ao povir dos sonhos
Fruto podre do abismo de arranhas céu
Rogá-lo-ei pela célere queda do teu rasante
Voo do efêmero ao acoite
Abutre repugnante dos olhos de fel.
25 de junho de 2017
Vinicius Brasilino