segunda-feira, 28 de março de 2011

FOGO DE PALHA


Pelo bem

O sagrado conflito
È agora
Mas do que nunca
Dito
      E redito

Para quem tem...
Cicatrizes n’alma
E acorda no ultimo quarto
Escuro
           Que puro
                            Acalma

Pelo bem
Para quem tem
E há quem...
Acenda
A chama do
                   Fogo de palha.
                                                 Vinicius Fernandes

AUTÓGRAFO



Para você eterno carinho
Grande abraço.
                                                                                          Vinicius Fernandes        

OLHAR-TE


Meu coração palpita
A cada instante
Em que teu olhar
Cruza o meu.

Devo amar-te

São seus olhos
Azuis
Negro
Castanho ou verdes
São seus olhos
Coloridos
Que flecham vibrações
Sobre os seus lábios
De múltiplas faces.

Devo entregar-te

A ultima chave
Que abre as portas
De meu coração
E mais do que isto.

Devo olhar-te

E suavemente
São suas pegadas
Que marcam meu coração.

Devo esquecer-te?

                                   Vinicius Fernandes

EGO


Em teu corpo
Fui chuva
Horas garoa
Horas temporal

Em teu corpo
Tem curvas
Que horas é reta
Perigo total.

...

E Eu em frente de casa vejo
O rio
A árvore
E vejo cancelas.

Que de longe
Cancela
Os beijos roubados
De nós dois.

....

Mas para que
Tanta agonia?
É teu ego
Que me sustenta.

E meu egoísmo
Aos poucos
Lívido
 S
    E
      D
       E
     N
  T
A. 

                 Vinicius Fernandes

SORRISO LATENTE



Você só sorriu para mim
Depois do primeiro copo de whisky
Ainda assim foi um sorriso lívido
E latente

E para mim só isto basta...
Ou não.

...

Intervenho
Sonhando com uma noite de verão
E acordo em uma manhã de outono
Sabendo que você
Mais uma vez
Não está ao meu lado.

E são as folha que caem
São as nuvens que cobrem o céu
Que é seu.

...

Mas...
Eu ainda agradeço
A aquela dose de whisky.

                                            Vinicius Fernandes

terça-feira, 22 de março de 2011

GOLES


Enquanto sonhas
Minha realidade muda
E meu conto...
É a cumplicidade
E a carência
Que você escreve.

Pois seus sorrisos
São goles de desejos
Que
Refrescam os últimos
Pedidos.
E te espera
Na praia.

Enquanto eu,
Me amarro
Em lagrimas.

                                Vinicius Fernandes

segunda-feira, 21 de março de 2011

OLHO GREGO


O luar cá da estrada
É a palavra
Que transita  
Em um mundo
Risos e livros
São sonos cortados
Deitado na grama
Gamado
E inspirado
Com o brilho
 Incondicional
Daquele olho grego
Que sobre o seu peito
Prende-me o olhar
E desvenda seus mistérios
Em pedaços de luar
Largados  
Que desfazem as mágoas
De seu silêncio
Cá de fora.

                           Vinicius Fernandes

sábado, 19 de março de 2011

SONHOS DE MENINO

 I

De pés ao chão
Os olhos brilhantes
Fazem girar a imaginação
Em cima do cajueiro.

E como quem não quer nada...

O cajueiro
Vira cavalo
E o peãozinho
Toca as galinhas 
Como se fosse
Uma grande boiada.

Roseiras e mangueiras
O cachorro magro
E o rio
Elevam a felicidade
E os sonhos
Do menino.

"Que aproveita e se espalha"

II

Entre as roseiras
Ele sonha...
E a linda moça
Aparece.

Embaixo da mangueira
Eles sentam
E saboreiam o fruto
Da imaginação.

O cachorro magro
É companheiro
De todas as horas
E para o menino
Late feliz.

No rio
A correnteza
Calma e branda
Banha os sonhos de menino.

III

Sonhos ...
Que dormem ao por do sol.

                                   Vinicius Fernandes

JANELAS E RETRATOS

Nas Ruas Passavam
Versos
E Contra- versos
De tardes escondidas.

Enquanto os passaros
Lorotam e Cantam
Nos galhos do saudoso
Manacá.

A bela vista
Ao horizonte
Demonstra que
De tempos
Em tempos
A sombra dilatava
Os olhos brilhantes
E reluzentes.

E, 
As portas fechadas
Guardam a beleza
E imagem segura e casta
Da velha casa de barro.

Os olhos
Ainda atentos
Expressam a satisfação
Que se debrussa
Sobre a nobre janela.

Dentro da casa
Vejo fotos
Eternizando os sorrisos.

Mas,
As lembraças afloram
E relembram-me
Daquela porta segura...

Cá de fora
Não tão distante
Enquadro
A imagem da Bela.

Que de longe
Usa a janela 
Como uma nova moldura.
Perpetuando a imagem
Da Bela
Da casa de barro
Da Janela
E do
Velho retrato.

                          Vinicius Fernandes




quarta-feira, 16 de março de 2011

CRIAdor

É tão fácil ser criatura,
É tão fácil ser... humano
O tempo todo se encondendo 

Sem saber o que fazer.
Assim é fácil!
Difícil é ser CriaDor
Criar e aturar
Sentimentos sustentáveis
Na dor da espera.
E o tempo é longo para matar a saudade criada.
Então terei que aturar.
Continuar sendo o CRIAdor
E deixar de ser criatura.

PALÁCIOS

Palácios de pedras
Pobres
Em pilhas de penas
Podre
Por onde passa
Pisa
      Pesa
             Pensa 
Na pegada
Parada 
  Arada
Perdida em poder...

Perder palácios
Puros
De poeria,
E planejar o poeta
Perdido
Em planilhas de poesia
Procurada em peitos
Apunhalados
Pela criatura.

Pobre do poeta
Que pedido nas palavara
Ele cria
Ele atura
E sistematiza
A vida Poetizada.


                                   Vinicius Fernandes

terça-feira, 15 de março de 2011

ENCARTE

A arte
Quando parte,
Reparte
O encarte da mesma revista
Que de vista
Expressa o ser,
A dor
Expressa os dois
Por não ser dueto
Por não ter duelo
É Elo
Que louco
Logo pisca
A risca
E é parte de mim.

                          Vinicius Fernandes