quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

POEMINHA DE CARNAVAL I

Sentei
E agora escrevo
Mais uma poesia
Vazia na dor
De um filho da luta
Da luta...
Filho?
Escuta 
E chuta para longe
A parte desta rima
Que insiste em ser transcrita.

Seu filho da santa hora
Que o dia aponta
Espanta
Anta.
Preguiça mórbida
Sórdida é a presença 
Do canto dos papagaios

Seu filho da da poeira cósmica
Come a fruta do fruteiro da esquina
Pois é quarta-feira
E ainda restam as cinzas do carnaval.

                                       Vinicius Fernandes

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

SÍNTESE DE AMAR






















Transcorro o passo
Como monto uma rima
Devolvo as vozes que sonham
Em amar mais que a verdade.

Transcrevo o sono de noites sóbrias
Desenho rotas nas encostas
Desenho nota que se esgota
Ao desejo de ser mais que o amor.

Traduzo o sopro
Como um elemento constante
Dos vibrados ao ouvir
E no soneto a sentir
Um som que sofra
Que quebra rouca um
E mais um.

Pouso agora no Poeta
Ponho o sonho no Poeta
E uso a rima do Poeta
Que quer na extremidade da saudade
A síntese de ter amor
Na beleza de ter amor
A ternura de poder amar.

                                         Vinicius Fernandes