segunda-feira, 2 de maio de 2011

DISFARCE


As vezes a poesia
Me foge dos Pensamentos
Corre como Lebre
Segue o rumo dos ventos
Ao sepulcro escavado.

Carrega dores e sonhos
Carrega beijos
E seus sabores tristonhos
Dominando todos seus poderes.

Enquanto Eu, escarnecido
Sou saco de osso, sem vida
Uma figura caída
Sem rimas a encaixar.

***
Sou pobre...
Com pensamentos podres
Que em lavoura não se via.

Agora espelho quebrado
Corpo em letra disfarçado
Que não se vê sem poesia.

                                        Vinicius Fernandes

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