domingo, 10 de fevereiro de 2013

POEMINHA DE CARNAVAL II



















Sentado novamente
Espremido num feixe de luz
Observo que o silêncio
Continuamente se foi.

Deve estar cansado
De ouvir a santidade sã
De sentir a cidade irmã
De mentir de verdade ao clã.

De estar com a alma despida
Da lua que desliza no inverso
E silencia-se em rimas e versos
Já que o silêncio
Continuamente se foi.

Deve estar cansado
Das mesmas cores
Do lisonjeio dos mesmos amores
Do cantar e dos mesmos cantores
Cansado do infortúnio mal.

Deve estar usando as mascaras das mesmas flores
Pelo cais onde a poesia libera os odores
Já pensando nas cinzas da quarta-feira
Em pleno domingo de carnaval.

                         
                                 Vinicius Fernandes

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