Sentado
novamente
Espremido
num feixe de luz
Observo
que o silêncio
Continuamente
se foi.
Deve
estar cansado
De
ouvir a santidade sã
De
sentir a cidade irmã
De
mentir de verdade ao clã.
De
estar com a alma despida
Da
lua que desliza no inverso
E
silencia-se em rimas e versos
Já
que o silêncio
Continuamente
se foi.
Deve
estar cansado
Das
mesmas cores
Do
lisonjeio dos mesmos amores
Do
cantar e dos mesmos cantores
Cansado
do infortúnio mal.
Deve
estar usando as mascaras das mesmas flores
Pelo
cais onde a poesia libera os odores
Já
pensando nas cinzas da quarta-feira
Em
pleno domingo de carnaval.
Vinicius
Fernandes
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